sábado, agosto 29, 2009

Michael Jackson


Fazia hoje 51 anos


domingo, agosto 09, 2009

Raul Solnado

O Homem parte, mas a obra fica





sexta-feira, agosto 07, 2009

A porta de Brandenburg


A Porta de Bradenburg começou por ser uma porta de uma fortaleza construida após a Guerra dos 30 anos, por volta de 1658.
Na 2ª metade do séc. XVIII, a expansão da burguesia berlinense e a influência do rei Frederico Gilherme II, levou a um novo plano de urbanização da cidade de Berlim e à reconstrução de uma nova porta inspirada na Acrópole de Atenas, mas só quase nos finais do secúlo XVIII a nova porta foi construída.
A obra durou dois anos, de 1789 a 1791, seguindo um projeto do arquiteto Carl Gotthard Langhans (1732–1808). Suas medidas: 26 metros de altura, 11 de profundidade e 65 de largura. Sob ele, cinco passagens entre seis colunas dóricas. Quando foi aberto ao trânsito, ainda lhe faltavam as esculturas de Johann Gottfried Schadow (1764–1850) e a quadriga com a deusa da paz Eirene, mas tanto o arquiteto, quanto o escultor e os herdeiros da fundição de Vicenz Jury tinham em mente, desde o início da obra, como elas deveriam ser.



A quadriga foi instalada em seu lugar em 1793, mas durou pouco anos lá. Quando as tropas francesas chegaram a Berlim em outubro de 1806, através do portão, o destino da peça de cobre estava selado. Em dezembro, Napoleão determinou sua retirada e enviou-a para Paris, como troféu de guerra.

Somente em abril de 1814, após a guerra de libertação, a quadriga seria trazida de volta da capital francesa para a alemã e novamente montada sobre o Portão de Brandemburgo. Por vontade do rei Frederico Guilherme 3º, a peça de cobre foi acrescida de uma cruz de ferro e da águia prussiana, concebidas pelo artista Karl Friedrich Schinkel, e passou a ser dedicada à deusa Vitória.

Nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, em maio de 1945, o portão e a quadriga foram danificados. Berlim acabou dividida em quatro setores, ficando o portão no lado soviético. Por ironia do destino, a obra recuperou sua função original de divisória. No caso, entre os setores soviético e britânico, leste e oeste, Berlim Oriental e Ocidental. Mas ainda se podia atravessá-lo livremente.

Para restaurar o monumento, os dois lados acertaram dividir os custos. Berlim Oriental assumiria a reforma do portão, enquanto o lado ocidental refundiria a quadriga. Em julho de 1958, a reforma estava encerrada. Em 1º e 2 de agosto, a quadriga, fundida em partes, foi remontada na praça Pariser Platz, do lado soviético. No entanto, na noite para 3 de agosto, sem qualquer aviso, a peça foi levada para Marstall, em Berlim Oriental, onde na noite de 16 de setembro a cruz de ferro e a águia prussiana – tidas como símbolos do militarismo alemão – foram retiradas.

Em 27 de setembro de 1958, a quadriga mutilada foi finalmente instalada no alto do Portão de Brandemburgo. No entanto, ao se colocar a nova peça em seu lugar, mudou-se sua posição. Para ira dos berlinenses ocidentais, os cavalos galopavam de frente para o setor soviético, mostrando as ferraduras para o britânico. A inversão provocou em vão atritos entre os habitantes de ambos os lados.


As decisões unilaterais de Berlim Oriental sobre o portão atingiriam seu ápice em 14 de agosto de 1961, com sua interdição, um dia após o fechamento de todas as fronteiras do setor soviético com os setores britânico, americano e francês. A área ao redor do Portão de Brandemburgo foi isolada e um muro, erguido, partindo a cidade em duas, sem que o portão as interligasse.

O local ficou bloqueado ao trânsito de veículos e pessoas durante quase 30 anos. Somente com a queda do Muro de Berlim, na noite de 9 para 10 de novembro de 1989, voltou a esperança de sua reabertura. Em 22 de dezembro daquele ano, o portão passaria a ser reutilizado como passagem de fronteira. Poucos meses depois, o muro havia desaparecido.

Hoje, a área está completamente reurbanizada e o Portão de Brandemburgo, em vez de separar, une o centro histórico da capital alemã ao Tiergarten, ao Reichstag (sede do Parlamento) e à moderníssima praça Potsdamer Platz. A partir de 7 de março de 1998, os automóveis voltaram a atravessar o portão, de leste para oeste. Na direção contrária, no entanto, precisavam contornar o monumento. Entretanto, mais tarde o trânsito de veículos foi completamente suspenso e hoje só pedestres cruzam o portão.

Desde 1991, a cruz de ferro e a águia prussiana estão de volta à quadriga, mas os cavalos continuam de frente para o leste.

domingo, agosto 02, 2009

Canção dos Nibelungos-- Património da Humanidade


A epopeia medieval anónima inspirou artistas durante séculos – entre os quais o compositor Richard Wagner e o cineasta Fritz Lang – e agora passa a pertencer ao catálogo do patrimônio documental da humanidade
A Canção dos Nibelungos é um notável exemplar da épica européia, comparável às epopeias de Homero na Grécia Antiga. Esse poema heróico medieval narra o amor do subjugador de dragões Siegfried à princesa burgúndia Kriemhild, a morte de Siegfried por Hagen e a vingança de Kriemhild com auxílio do rei dos hunos, Etzel, causa do declínio do Reino da Burgúndia.

A Canção do Nibelungos foi escrita por volta de 1200 por um poeta hoje desconhecido, encomendada pelo então bispo de Passau, Wolfger von Erla. A saga consiste de 2.400 estrofes. O fundo histórico da epopeia é a vitória dos hunos sobre os burgúndios no ano de 436.

Os três mais importantes e mais completos manuscritos do poema estão guardados na Biblioteca Estatal da Baviera, em Munique, na Biblioteca Estadual de Baden, em Karlsruhe, e na biblioteca do Mosteiro de Sankt Gallen, na Suíça. O chamado Manuscrito C, conservado em Karlsruhe e considerado o mais antigo registro da Canção dos Nibelungos, data do século 13.