quarta-feira, dezembro 31, 2008
domingo, fevereiro 10, 2008
Maria Malibran
Maria Felicia Garcia (Malibran) nasceu em Paris a 24 de Março de 1808 no seio de uma família de músicos.No verão de 1836, em Manchester,caiu de um cavalo e morre seis meses depois.Vivia em Inglaterra, grávida e no auge da sua glória, como artista e como mulher. Já depois de sofrer o acidente, continuou a cantar - apresentava-se em palco de muletas - e a honrar os seus compromissos.
Maria Malibran tinha tudo de uma diva: as suas performances eram tão realistas que chegou a ser acusada de comportamento indecente, nas cenas de amor, em palco. Era compositora, desenhava esplendidamente, escrevia copiosamente - principalmente cartas - e cantava em cinco línguas. A sua carreira meteórica durou apenas oito anos, mas o seu legado é excepcional. Alfred de Musset e Lamartine dedicaram-lhe versos sentidos e entusiásticos e grandes compositores da época como Liszt e Chopin eram seus fervorosos admiradores. Maria Malibran, juntamente com a sua eterna rival Giuditta Pasta possuía um timbre especialíssimo a que os especialistas chamam de soprano sfogato, uma qualidade que lhe permitia entregar-se a momentos de intenso dramatismo em conjunto com variações vocais puras como trinados, harpejos, escalas e alterações súbitas de registo. Mas, mais do que toda a sua incontestável genialidade vocal, a sua vida, tão curta e intensa, fez dela um ícone para a eternidade.
quarta-feira, janeiro 02, 2008
2008
No final do ano, é normal fazerem-se balanços e previsões para o ano seguinte.
Falar de 2007 é dizer que foi mais um ano com coisas boas e más na perspectiva de cada um, que se viveu melhor ou pior, mas que acabou sempre por deixar a sua marca.
A nível local, tirando a inauguração do açude e o aparecimento do Mar de Abrantes, diria que tudo o resto não passou de “faits divers” que não alteraram a cidade nem a pacatez do seu dia a dia. Uma cidade cada vez mais morna, onde nada acontece ou melhor, onde os dias se sucedem num ritmo lento, sem iniciativas, como que adormecida. Para ela , em 2008 não prevejo melhorias , a não ser que apareça uma fada mágica, que com a sua varinha de condão, lhe dê vida, alegria, vontade de viver.
Em relação ao país, foram mais as gaffes que os factos, mas o descontentamento dos portugueses aumentou. A polémica do novo aeroporto é telenovela que ainda não terminou e a pseudo desertificação da margem sul do Tejo marcaram um ano, em que a subida de impostos, o empobrecimento dos portugueses foi cada vez maior. A Presidência da União Europeia por Portugal, mostrou sobretudo que os nossos políticos, adoram a Europa, mas esquecem-se deste pequeno jardim à beira-mar plantado. 2008 vai continuar com a telenovela Ota/Alcochete: referendo ou não referendo do Tratado de Lisboa; remodelação governamental ou não; descida ou não de impostos. Independentemente de tudo isto, uma coisa é certa, o estilo de governação vai-se manter e a má qualidade de vida dos portugueses também.
A nível internacional muitos factos se poderiam referir, contudo gostaria apenas de referir a morte de Benazir Bhutto, uma mulher que toda a vida lutou pela paz e pela democracia no seu país. Quanto ao futuro, bem sejamos optimistas. Acreditemos que a Paz suplantará tudo o resto, que os nossos sonhos se concretizarão
Que o lema de 2008 seja os versos de António Gedeão :
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
Bom Ano de 2008